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TUTANKHATON

(TUTANKHAMON)






Ondina Balzano



Amenhotep III e a Rainha Tyi costumavam passar alguns meses em seu Palácio de Malkata, na cidade de Uast (Tebas) e outros em Akhetaton, onde residiam num belo palácio, construído por seu filho Akhenaton. Nesse período, o casal ainda teve mais um filho, que deram o nome de Tutankhaton.

 

 

 

Akhenaton

 

Amenhotep III e Rainha Tyi


A Rainha Tyi, sentindo-se doente quando o menino estava com 5 anos de idade, resolveu entregá-lo para Akhenaton e Nefertiti assumirem a sua educação a fim preparar o príncipe para ser o futuro Faraó do Egito.
Entretanto, como Tutankhaton era ainda uma criança, quando morreu Akhenaton, assumiu o trono a Rainha Nefertiti, como Faraó, adotando o nome de Ankh-Kheperura-Semenkara. Inclusive, em Akhetaton foram encontradas duas estelas representativas da sua condição de Faraó: numa delas estava esculpida a Rainha Nefertiti com os dois cartuchos, com nome de nascimento e coroação; e na outra se vê Nefertiti segurando o inimigo pelos cabelos e golpeando-o com uma clava, símbolo de poder. Ela reinou durante dezesseis meses, adotando a mesma linha de conduta de Akhenaton e preservando a pureza da nova fé em Aton. A Rainha tomou as rédeas do governo, buscando uma extraordinária energia no Deus de Amor: ATON.
Nefertiti realizou uma co-regência com sua filha Meryt-Aton, que teve o seu nome colocado no “pavilhão sombreado” do Palácio Norte.
Na civilização egípcia, havia sempre o equilíbrio dos elementos masculino e feminino no governo. Quando Nefertiti assume como Faraó (elemento masculino), sua filha é coroada Rainha (elemento feminino).
Muitos egiptólogos não perceberam essa realidade e se perderam em diversas suposições para justificar a substituição do nome de Nefertiti pelo de Meryt-Aton.
Ela não cedeu às pressões do clero de Amon, que tentava exigir o retorno da capital a Uast (Tebas). Nefertiti criou e educou o jovem Tutankhaton para ser o futuro Faraó do Egito.

 

 

 

Tutankhaton

 

 


Após esse curto período, a Rainha-Faraó transfere o governo ao Príncipe Tutankhaton, que se torna o novo Faraó do Egito, cujo reinado teve a duração de apenas nove anos, sendo o primeiro em Akhetaton. Sentindo suas forças declinarem, Nefertiti aconselha o jovem Faraó a transferir o governo para Uast (Tebas). Ele foi obrigado a alterar o seu nome para Tutankhamon e seguir a orientação do clero de Amon.
No final do terceiro ano do reinado de Tutankhamon, morre Nefertiti, que foi sepultada em Uast (Tebas) e cuja tumba até hoje não foi encontrada.
O Egito é governado pelo mais jovem Faraó, tendo por tutor e conselheiro o ministro Ay. Entretanto, ao completar quinze anos de idade, o Faraó expõe o seu desejo de retomar a capital de Akhetaton, para dar continuidade à obra grandiosa do seu irmão, o Faraó Akhenaton e de sua cunhada, a Rainha Nefertiti. O tutor Ay não concorda e sente sua autoridade ameaçada, pois logo o Faraó estaria em condições de assumir o reino sozinho.
Alguns estudiosos supõem que Ay, em parceria com o General Horemheb, tenha elaborado um plano para eliminar o Faraó. Entretanto, não foi comprovada a sua morte por assassinato. A múmia de Tutankhamon apresenta uma fratura traumática em um dos joelhos, que pode ter causado uma grande infecção. Isso nos leva a crer que o Faraó sofreu um acidente, pois ele tinha verdadeira paixão por caçar em sua biga.
Na realidade, Tutankhaton teria nascido com uma má formação óssea, que provocou uma diferença no comprimento dos membros inferiores, motivo pelo qual ele usava uma bengala. Na sua tumba foram encontradas dezenas de bengalas e algumas mostravam bastante uso, o que significa que ele usou bengala durante alguns anos.
Depois da morte prematura do Faraó Tutankhamon, aos dezoito anos de idade, sobe ao trono Ay (irmão da Rainha Tyi), que casa com Ankhsepamon (viúva do jovem Faraó) para legitimar o seu reinado, pois no Egito o trono é passado através da mulher de linhagem real.
Ay governa por apenas quatro anos, pois foi colhido pela morte. Talvez tenha sido assassinado pelo seu sucessor, o General Horemheb, que era um homem obcecado pelo poder.
O Faraó Horemheb renegou o seu passado com Akhenaton, pois fez contar o seu governo a partir da morte de Amenhotep III, retirando da história oficial três faraós: Akhenaton, Tutankhamon e Ay. Essa sua atitude reforça a idéia de que ele possa ter sido um traidor enquanto ocupava o cargo de general do exército do reinado de Akhenaton.
Após o lamentável episódio de o Egito ter sido governado por dois faraós que não possuíam o sangue real, tem início a XIX Dinastia, com Ramsés I.
Entretanto, os ensinamentos de Akhenaton permaneciam no coração do povo, porque, em verdade, eles não perecerão jamais e serão sempre lembrados quando se pensar em AKHENATON E SUA ETERNA MENSAGEM.

Observação:

A) Alguns egiptólogos dizem que após a morte de Tutankhamon, a viúva Ankhesepamon teria escrito para o rei hitita, Supiluliuma, solicitando que enviasse um de seus filhos ao Egito para casar-se com ela, e assim se tornar Faraó do Egito.

B) Essa notícia não deve ser verídica, pois uma rainha egípcia jamais se uniria a um príncipe estrangeiro. Sabe-se que a carta existiu, mas foi redigida e enviada por Horemheb, que preparou uma emboscada na chegada do referido príncipe, que foi assassinado.







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