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GEOMETRIA SAGRADA









GEOMETRIA SAGRADA



Geometria deriva de dois radicais: geo+metria = medição da terra.
Geometria Sagrada é o estudo das ligações entre as proporções e formas contidos no microcosmo e no macrocosmo com o propósito de compreender a Unidade que permeia toda a Vida.
Desde a Antiguidade, os egípcios, os gregos, os maias… os arquitetos das catedrais góticas, artistas como Leonardo da Vinci ou o pintor Georges Seurat…. todos reconheciam na natureza formas e proporções especiais, que traduziam uma harmonia e uma unidade . Essas relações de forma e proporções consideradas sagradas na geometria, na arquitetura, ….. também ocorrem de forma idêntica em outras áreas da expressão humana, como nas Artes, onde se inclui a Música e a Pintura. O estudo dos harmônicos, dos modos musicais vêm fascinando os compositores e amantes da música há milênios. A mesma harmonia nos sons, existe nas cores e nas formas, pois também se encontra na natureza, do microcosmo ao macrocosmo….
A Geometria Sagrada é a linguagem mais próxima da Criação.







PITÁGORAS





POR QUE ESTUDAR GEOMETRIA SAGRADA?



Quando o ensinamento da geometria é utilizado para mostrar a verdade ancestral de que toda a vida emerge de um mesmo padrão, podemos ver claramente que a vida floresce de uma mesma fonte: a força criativa inteligente e incondicionalmente amorosa que alguns chamam de "Deus".
As verdades simples da Geometria Sagrada são o meio mais eficaz para ilustrar a unidade de todas as coisas para a nossa mente lógica.
O estudo das relações entre essas proporções e formas nos leva à compreensão de que tudo o que existe advém de uma única Verdade ou uma única fonte, da qual somos parte. Nos cursos da FOL/Flor da Vida os alunos são introduzidos nos ensinamentos de Geometria Sagrada, onde são apresentados os sistemas de consciência e de conhecimento contidos no padrão da Flor da Vida, ilustrando o hemisfério direito do nosso cérebro (lado lógico) e mostrando a Unidade de Toda a Vida.
Ao estudarmos o padrão da Flor da Vida e os sistemas nela contidos, fica clara a ligação da Unidade de todas as coisas, pois só há uma realidade e somos parte dela. Essa certeza permite a cada um reconhecer - com absoluta convicção - que somos parte de um único Ser. Assim, percebe-se a integração de tudo, inclusive, dos dois hemisférios do cérebro, que representam os aspectos intuitivo e lógico.
De repente, ficamos livres do medo que advem do sentimento de separação. A sensação de medo simplesmente deixa existir quando se instala em nós a certeza, a confiança na unidade de todas as coisas!
A Geometria Sagrada é também conhecida como a "Linguagem da Luz".
Somente a partir da compreensão desta verdade e da abertura de coração, podemos integrar os dois hemisférios cerebrais, ativando a importante glândula pineal, (hoje restrita a funções mínimas).









O OLHO DE HORUS



"Que o Olho de Horus possa tomar a frente do deus e brilhar através de sua boca". - Consta nos Textos das Pirâmides, que informa ser Horus "o que governa com dois olhos".
Na mitologia egípcia, havia os quatro irmãos: Osiris, Set, Isis e Neftis. Osiris foi rei do Egito e casou-se com sua irmã Isis; e Set casou-se com a irmã Neftis. Osiris e Isis tiveram o filho Horus. Conta a lenda que Set assassinou Osiris, o qual passou a reinar na terra dos mortos. A viúva Isis clama por Horus para que lute contra Set, havendo uma grande batalha. Depois de algum tempo, Osiris ressuscitou.

O Olho Direito de Horus representa o Sol, que controla o hemisfério cerebral esquerdo. Esse lado do cérebro trata do que é lógico, racional. Ele aborda o universo de um modo masculino.
O Olho Esquerdo de Horus representa a Lua que regula o hemisfério cerebral direito. Esse outro lado do cérebro trata do que é abstrato, sendo responsável pelos sentimentos e pela intuição. Ele aborda o universo de um modo feminino.




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PIRÂMIDES - Conexão Espacial?

Paulo Iannuzzi




3 pirâmides




Pensamos que, por já ter se estudado exaustivamente as pirâmides, principalmente as do Planalto de Gizeh, próximo ao Cairo, Egito, conhecemos a maioria dos segredos que encerram. Estamos longe disso! Vez por outra nos deparamos com características surpreendentes que desafiam a mente dos estudiosos, pesquisadores, curiosos e demais interessados.
Atualmente verificamos estudos e interesse por parte de alguns pesquisadores de temas que a comunidade científica em geral refuta, mas que são de conhecimento dos ocultistas e de Escolas de Mistério (principalmente as de origem egípcia). Na obra intitulada "The Orion Mistery" (Robert Bauval e Adrian Gilbert),vemos um exemplo disso.
As três Grandes Pirâmides do Complexo de Gizeh não obedecem a um alinhamento prefeito entre si. Vistas de cima, observa-se facilmente que Kheph-Rá (Quéfren) e a Grande Pirâmide de Khufu (Quéops) tem as suas diagonais alinhadas. O mesmo não acontece com Men-Kau-Rá (Miquerinos). Ela "foge" visivelmente de tal alinhamento. Ora, uma vez que os construtores de tais monumentos tinham perfeito conhecimento de geometria, matemática, engenharia e arquitetura, conclui-se que tal "defasagem" não foi, em hipótese alguma, acidental! Uma observação mais atenta porém, nos confirma o especial talento dos construtores com relação à astronomia… A distância entre as três Pirâmides e o seu posicionamento entre si, é "coincidentemente" proporcional às estrelas da constelação de Órion (O Caçador Celeste), mais especificamente as do "Cinturão de Órion" (Alnitak - z (Zeta) Orionis, Alnilam - e (Epsilon) Orionis e Mintaka - d (Delta) Orionis, conhecidas no Brasil como "As Três Marias"), obedecendo ao mesmo padrão.
"Cinturão de Órion"
Ainda verificando "coincidências", observa-se uma grande possibilidade de que o alinhamento do ápice das três pirâmides estava perfeitamente sincrônico com as três estrelas do "Cinturão de Órion" quando estas atingiam o zênite (Interseção da vertical superior de um lugar específico com a esfera celeste. Mais popularmente, ponto mais alto do céu. Posição do Sol ao meio-dia) em aprox. 10.500 a.C.! Como?! A História oficial afirma que as pirâmides foram construídas durante a IV Dinastia (por volta de 4.000 a.C.). Devemos lembrar que muitos cientistas admitem uma idade muito mais antiga para Harmarkis (a Esfinge). O fato de as Pirâmides serem bem mais antigas do que se supunha, não é uma hipótese nada absurda. Ao contrário parece mais lógica, racional e verdadeira. Talvez mais antigas que 10.500 a.C.!
Na Pirâmide de Quéops, em particular, nota-se um detalhe no mínimo interessante… Os dutos de ventilação que desembocam na Câmara do Rei permitem que, a partir do sarcófago de granito vazio existente no interior da Câmara, se visualize numa determinada época do ano o "Cinturão de Órion" por um duto, e a estrela Sírius (a (Alpha) Canis Majoris), pelo outro.
Não seria surpresa, portanto que, se fosse dado prosseguimento a esta pesquisa, pudéssemos verificar monumentos e/ou localidades correspondentes a outras estrelas de Órion, como asprincipais Betelgeuse - a (Alpha) Orionis, Rigel - b (Beta) Orionis, Bellatrix - g (Gamma) Orionis e Saiph - ƒ (Kappa) Orionis, além de outras estrelas importantes para os antigos egípcios como Aldebaran (a (Alpha) Taurii), as Plêiades (Enxame de abelhas como chamam nossos índios - também em Taurus - constelação aliás que marcava o início do zodíaco egípcio, na mesma época do ano que corresponde ao que conhecemos hoje como VESAK. Coincidência?) e Sírius, a "Estrela Sagrada" dos antigos egípcios, a mais brilhante de todo o firmamento. Também chamada de "A Estrela da Canícula" (termo que significa quente, calor), Sírius "anunciava" a cheia do rio Nilo pressagiando mais um período de abundância, fartura e fertilidade . Somando-se a isso, conforme particularmente constatei, as três Pirâmides estão proporcionalmente dispostas em relação ao Nilo, da mesma forma que (observando numa carta celeste) as "Três Marias" estão em relação à Via-Láctea, vistas da Terra!
Levando-se em conta que as Pirâmides da esplanada de Gizeh, especialmente a de Quéops, apresentam características como informações sobre, por exemplo: A massa da Terra; a distância média de nosso planeta em relação ao Sol; medidas cujas relações entre si encontra-se o número p (Pi Þ 3,14159261…) , tanto para a Grande Pirâmide, como para a Câmara do Rei e o sarcófago de granito; datas proféticas relativas a acontecimentos marcantes para a humanidade durante milênios nos hieróglifos ao longo da Grande Galeria; relações astronômicas com a Estrela Polar tais como a orientação do corredor ascendente; etc. e etc.; conclui-se que as Pirâmides do Egito estão cada vez mais longe de serem meros túmulos e que o fato deste posicionamento em relação a Órion mergulha o Complexo Piramidal de Gizeh em mais um enigma a decifrar nos campos objetivos da ciência e subjetivos do ser humano…
Existiu alguma relação com Atlantes e/ou Extraterrestres? É bem provável (Vide as estruturas de forma piramidal registradas em várias fotos da NASA, na região denominada Cydonia, em Marte, que nos exortam a pensar na possibilidade da existência de um sem-número de estruturas similares espalhadas pela Galáxia!). Será que a importância dada à constelação de Taurus - o Touro limita-se apenas ao início do zodíaco egípcio e às comemorações do boi Ápis? Devo lembrar-lhes que algumas estrelas de Touro, em particular Aldebaran, o aglomerado estelar das Hyades eo aglomerado das Plêiades, sempre despertaram um "interesse especial" em outras culturas antigas (Vedas, Hindus, Chineses, Persas, Sumérios, Babilônicos, Gregos, Celtas, Aztecas, Incas, Maias) incluindo Tribos norte-americanas (Navajo, Anasazi, Sioux, etc.) e brasileiras (Tupi-Guarani, Jê, Aruaque, Bororo, Carajás, Txucarramãe, etc.). Além disso, verifica-se a presença de Alcyone (h (Eta) Taurii) como uma das Plêiades. Alcyone tem uma importância fundamental, pois é uma espécie de "Estrela Central"de esquemas evolutivos estelares interdimensionais, do qual o Sol faz parte, dimensionando energias ("adaptando" e purificando frequências vibracionais) para este setor Galáctico, onde o chamado "Photon Belt" (Cinturão de Fótons) tem uma ação determinante no aumento do fluxo energético, principalmente no que tange ao nosso Sistema Solar pois este adentrará uma região do espaço sideral onde as frequências são muito mais aceleradas. Para os estudiosos da Ufologia dita Esotérica (infelizmente ainda esotérica, vimanosófica, avançada, espiritualista - são tantos nomes… - A Ufologia é uma só!), a conexão de civilizações extraterrestres atuantes em Aldebaran, Plêiades (Alcyone), Órion e Sírius é clara e importantíssima neste processo de "Salto Qualitativo" energético da Terra.
Os antigos egípcios já conheciam tais pormenores Cósmicos e Cosmogônicos? Talvez. De qualquer forma, era um povo assaz avançado para sua época. Uma máxima diz que: "Num impasse inconclusivo na busca da Verdade, quando eliminamos tudo o que é lógico e possível, a solução está no que é aparentemente improvável. O improvável passa a ser verdadeiro."
A Esfinge continua em Silêncio para aqueles que não sabem (ou não querem) ouvir a voz interior… Ela fala por si mesma…Cabe a cada um preparar-se para ouvi-la…

 



Esfinge de Gizeh

Constelação de Órion




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CATEDRAIS GÓTICAS



Patrícia Teixeira e colegas da UCAM




INTRODUÇÃO


Várias são as capacidades criadoras do espírito humano. Conceber arte é, acima de tudo, representar, utilizando não só a destreza manual e técnicas, mas deixar fluir as sensações para que o artista transforme, materialize os seus sentimentos. Notadamente, a arte agrega valores estéticos que resumem  a harmonia entre o ser e o meio em que ele vive. Na escultura, na pintura, nos afrescos, na arquitetura, na poesia, na música, em todos os âmbitos de atuação o homem concebe arte dialogando diretamente com a cultura, com os valores e o íntimo de uma época.
É sobre um estilo arquitetônico de uma época que nos ocuparemos neste trabalho, mais precisamente no estilo gótico. Apesar de ter recebido – em nossa opinião injustamente – o rótulo de uma arte diminuta, as críticas atuais não deixam de reconhecer a grandeza das criações góticas e seu valor estético ainda segue sendo copiado nos mais variados estilos de construções da contemporaneidade, seja renovado com uma leitura atual, seja preservando suas formas originais.
Nosso olhar se foca na catedral gótica, grande templo da cristandade e daremos ênfase no período em que Georges Duby caracterizou em seu célebre livro como o “Tempo das Catedrais”. Paralelamente a isso, para construir o pensamento da evolução deste estilo, analisaremos o contexto social e político da sociedade que habitava a Europa Ocidental da era medieval. Preocupando-se para não cometer anacronismos, daremos atenção especial ao contexto da Europa que se reconstituía após a queda do Império Romano até o ressurgimento das cidades, centro das edificações góticas mais expressivas e o reaparecimento do comércio com a figura do mercador-banqueiro, financiador de grandes obras durante o período medieval, como nos conta Jacques Le Goff em “Mercadores e banqueiros”.
É na França do rei Luis IX, o rei santo que a arte gótica encontra espaço para transformações importantes no campo da arquitetura. Paris passa a ser considerada a capital para aonde se convertem todos os olhares. Lá, há um rei, há um reino, um rei que constrói verdadeiros santuários para figurar a união pacífica entre o Criador e as criaturas.
A sociedade organizada em três ordens – os que lutam (nobres), os que oram (clero) e os que laboram (camponeses) é arraigada pelo pensamento teológico e a arte gótica toma o mesmo rumo. A nova classe de mercadores emergentes, os habitantes dos burgos, enriquecem e acentuam-se as tensões nas almas entre a paixão das riquezas e a impaciência para apoderar-se delas. A aspiração profunda a pobreza é propagada ao cristão como via mestra de sua salvação, mas não seria essa uma mera estratégia para a manutenção das ordens? No interior das catedrais, o fiel era apenas um grão de areia no deserto frente aos poderes divinais. Nada poderia reagir à usurpação de sua condição laboradora, pois isso constituiria em pecado ao que Deus já haveria instituído.

E a arte gótica tomará rumos educadores, já que a maioria do povo iletrado precisava ser educada para evitarem os desvios da heresia. Somente pela fé cristã poderia se alcançar à salvação no dia do juízo final.

Entre inovações de uma era e permanências que se defrontam, a arquitetura gótica representou um estilo peculiar ao introduzir o que revolucionaria as construções medievais: o arco ogival. Analisaremos os desafios que estes grandes construtores passaram para colocar de pé monumentais templos, os materiais utilizados e ainda nos deteremos em rápidas descrições sobre algumas das mais importantes catedrais góticas da Europa. Na vasta bibliografia apresentada revelamos nossa predileção pelas particularidades do período medieval e não deixamos de analisar a arquitetura gótica diretamente ligada à política, sociedade e mentalidades. Oferecemos ainda ilustrações que revelam a engenhosidade dos construtores que, sem contarem com as tecnologias avançadas da contemporaneidade, ainda assim foram capazes de edificarem maravilhas que seguem de pé até os dias de hoje e nos proporcionam agradável prazer de deleitá-las.

Os céus contam a glória de Deus: as catedrais acrescentam `a ela a glória do homem. Elas oferecem a todos os homens um espetáculo esplêndido, reconfortante, exaltante; elas nos oferecem nosso próprio espetáculo, a imagem eternizada da nossa pátria, de tudo o que aprendemos a amar abrindo os olhos. (Auguste Rodin)



CONCEITUANDO A ARQUITETURA GÓTICA


Definir, conceituar algo é sempre um desafio. Os estudiosos do campo da arte certamente se esforçaram muito para designarem os aspectos que constituem o estilo gótico. Atribui-se aos pintores e arquitetos italianos Giorgio Vasari e a Raffaello Sanzio, o Rafael, o uso, pela primeira vez, da expressão gótica. Em meados do século XVI, os renascentistas reputaram o termo com caráter pejorativo em um relatório enviado ao Papa Leão X, no ano de 1518, quando este solicitou um projeto de reforma para edifícios antigos na Itália renascentista.
A depreciação se deu pelo fato de Vasari considerar obscuro o período que compreende o declínio do Imperador Constantino, que reconstruiu a antiga cidade de Bizâncio – a capital do Império Romano do Ocidente no século IV – até a renascença italiana, com o florentino Giotto di Bondone, no século XVI. Para Vasari, os séculos que separam Constantino e o Renascimento italiano foram de total insignificância para a História da Arte, pois os criadores deste período se afastaram da arte clássica e estabeleceu vínculos com um novo ideal estético, o gótico.
O nome gótico tem origem nos povos oriundos das regiões meridionais da Escandinávia, os godos. Eram tribos bárbaras que conquistaram parte do Império Romano e migraram para regiões da Península Ibérica e Itálica. Porém, a arte gótica data do século XII e considera-se que tenha ligação direta com a arquitetura religiosa da Normandia e da Borgonha, na França.
Já no fim do século XVIII, o Romantismo e o gosto particular do arquiteto francês Eugène Viollet-le-Duc fizeram reviver o estilo gótico com seu devido reconhecimento. Segundo Viollet-le-Duc, as obras medievais tinham valor devido à sua honestidade em relação à expressão dos materiais utilizados em suas concepções e nos processos criativos que resultavam na estética gótica. A partir de então, o estilo passou a ser apreciado de maneira positiva, desvinculando-se do rótulo bárbaro. De acordo com autores franceses, como, por exemplo, Jules Quicherat e Charles-Philibert Lasteyrie, a arquitetura gótica teria aparecido no reino de França ainda em formação, que, na capital, Paris, pode ser observada na basílica de St. Denis. Quando nos referimos a “arte e técnica de projetar espaços e edificações adequados a vivências e atividades humanas, de acordo com padrões estéticos”que marcaram o estilo gótico, são necessários assinalar três aspectos principais que estabelecem as diferenças entre o estilo anterior o românico e o que vem em seguida o gótico.
A primeira característica e principal é a utilização do arco ogival nas construções. Não é à toa que a arquitetura gótica também é chamada de arquitetura ogival. Contudo, algumas edificações românicas já apresentavam a forma ogival dos arcos e, em sua incipiência, o arco pleno românico fora empregado em construções góticas. Vê-se aí que não é possível apontar uma ruptura por completo de um estilo e o início de uma nova concepção nas edificações medievais. Há uma imbricação de estéticas que possuem características tanto novas quanto herdadas de estilos anteriores.
Um segundo traço marcante do estilo gótico é o predomínio das nervuras nas abóbadas, que formam uma perfeita estrutura de sustentação resistente das coberturas e proporcionam uma iluminação peculiar nas naves do interior das construções. O restante das abóbadas é formado por uma vedação leve. Este ponto pode ser comparado especificamente com as construções românicas, de caráter mais robusto, edificações construídas durante a expansão do cristianismo. Nas palavras de E.H.Gombrich: Nas igrejas românicas e normandas encontramos geralmente arcos redondos assentes em maciços pés-direitos. A sensação causada por
essas igrejas, interna e externamente, é de uma robustez compacta.
Há poucas decorações, as janelas são poucas, mas as paredes e torres
inteiriças lembram-nos as fortalezas medievais. (GOMBRICH, 1994). O terceiro ponto a ser característico da estética gótica é a notada presença de extraordinários arcobotantes (ou botaréu), descrito como construção exterior que termina em arco de círculo e que serve para amparar uma parede ou abóbada. Os arquitetos conseguiriam lograr o aumento das construções e conquistando a forma desejada utilizando a nova técnica.
O estilo gótico teve duração aproximada de dois a três séculos, dependendo da região na Europa. Havia a necessidade de constatar a presença dos três elementos descritos acima para se caracterizar a edificação como gótica, mas a presença do arco ogival já seria suficiente para considerar a criação pertencente a este estilo. Apesar de atribuir-se a origem do gótico na França de São Luís, ou Luís IX, o santo rei, que governou a França de 1226 a 1270, autores italianos apontam que no século XII, na região da Toscana, construções contendo arcos ogivais já eram encontradas antes mesmo da chegada dos monges franceses da ordem de Cister, católicos que seguiam regras beneditinas e eram conhecidos como os “monges de branco” pelo fato de usarem hábitos desta cor.
Os cistercienses eram considerados grandes edificadores. Certamente, traziam consigo o conhecimento da arquitetura gótica e, ao construírem novas moradas divinas, aplicavam as nervuras que apontavam para o céu. Os mosteiros da ordem já obedeciam a uma divisão bastante específica em seus mosteiros, ordenada e organizada,  como descreve Geraldo Coelho Dias: As Abadias cistercienses ficam isoladas das cidades, caracterizadas pela racionalidade na articulação dos espaços   e despojamento de elementos decorativos. Usam-se  soluções   locais com materiais    disponíveis e tradições culturais existentes. O seu revestimento é branco.
A planta padrão respondia às exigências de funcionalidade e economia de espaço e de movimento abolindo o supérfluo. A planta articula a vida e as obrigações distintas de monges, noviços e conversos. A igreja situa-se no ponto mais alto e estava do lado norte com o claustro imediatamente a sul. A igreja adapta-se à retangularidade global da composição com cabeceira reta (na Batalha já é redonda) com capelas no transepto. No braço sul uma escada comunica   com o dormitório.   A   igreja  divide-se  a  meio  entre monges e conversos. Não tinha uma fachada  monumental nem torres a acentuar    a  massa exterior. A planta baseia-se na relação 1:2.   Há uma simplificação da tipologia e exibição da própria arquitetura, a decoração centra-se nos capitéis. As naves laterais surgem quase à mesma altura da central. (COELHO DIAS, 1999). De toda forma, é certo dizer que o gótico não se concentrou apenas na França, tendo se espalhado para diversas regiões do Ocidente. Inglaterra, Espanha, Alemanha. Nas mais diversas regiões onde se instaurou a arquitetura ogival, inúmeros fatores de ordem climática também alteraram os detalhes nas formas góticas, proporcionando, em cada região, uma característica particular. Não havia uma regra que fixava um material específico para as construções góticas, contudo, a rocha recortada e trabalhada foi a matéria prima constitutiva de paredes, arcos e abóbadas.



O GÓTICO NO TEMPO E NO ESPAÇO



Durante o período em que se desenvolveu a arquitetura gótica, importantes eventos sucederam no Ocidente europeu e marcaram os rumos da arquitetura ogival. Entre os séculos XII e XV, a Itália vivenciou uma guerra que colocava de um lado o clero e, do outro, os imperadores germânicos, conhecida como a guerra dos guelfos – partidários dos papas – em oposição aos gibelinos, seguidores dos governantes. O cerne da questão era a disputa de poderosas famílias italianas pelo poder do Sacro Império Romano-Germânico. Após invadir a Itália com sucesso em suas batalhas, Frederico I da Germânia, o Frederico Barbarossa, como era conhecido por usar barba longa de cor avermelhada, foi coroado Rei da Itália pelo Papa, desafiando a autoridade clerical a fim de empreender o domínio germânico na região. Da crise do Império Carolíngio, do Grande Carlos Magno, Rei dos Francos, filho de Pepino, o Breve, surgiria o Sacro Império Romano-Germânico (que teve início no século VIII e terminaria seus dias de existência somente no século XIX, precisamente no ano de 1806, quando foi extinto por Napoleão Bonaparte). Em 962, Oto I foi coroado pelo papa João XII, tornando-se o primeiro imperador com a missão de resgatar os áureos tempos do Império Romano, que dominara quase todo o mundo ocidental na Antiguidade. Já era notada a interferência do Imperador nos assuntos eclesiásticos que, com a  posse das determinações temporais,  nomeava os bispos dentro do Império. Essa intervenção recebeu o nome de investidura leiga.

O conflito conhecido como Questão das Investiduras enredou a Igreja e o Sacro Império Romano-Germânico durante os séculos XI e XII, e os envolvidos questionavam a supremacia do Poder Temporal sobre o Espiritual, ou seja, a supremacia do poder do Imperador sobre o dos eclesiásticos. Com a vitória dos reis, os papas foram obrigados a sair de Roma e transferir-se para Avinhon, na França. Após setenta anos em solo francês, o papado mudou-se novamente para Roma, mas uma outra autoridade clerical iria surgir em Avinhon, provocando uma ruptura na Igreja Católica. O evento enfraqueceria os católicos até que um Concílio (o de Constança), unificaria o papado novamente. Contudo, o feito não evitou o enfraquecimento do clero perante aos reis.
De longa duração, o conflito que envolveu a França e a Inglaterra durante cem anos proporcionou uma nova configuração do território francês. Os ingleses, derrotados, atravessaram o canal da mancha em retirada para dar início a uma série de conflitos internos promovidos pelos nobres que perderam suas possessões em  França e conduzir a Inglaterra a, mais tarde, constituir uma monarquia constitucionalista. Em contrapartida, após grande resistência e a atuação histórica de Joana d’Arc à frente do exército, os franceses saborearam a vitória conquistando novamente o poder sobre praticamente todo o território no qual o país abriga na atualidade. O absolutismo monárquico com o poder concentrado nas mãos de um único governante fora o destino dos franceses.
Na Espanha, a presença dos mouros ainda importunava os ibéricos. O casamento de Isabel de Castela e Fernando de Aragão - e a conseqüente fusão dos reinos - reuniu forças para a derrocada árabe com a conquista da cidade de Granada, no ano de 1492, mesmo ano em que Colombo chegaria na América. Portugal também sofria com a presença dos árabes, provocando as Guerras de Reconquista. A crise na sucessão da coroa portuguesa no final do século XIV levou os lusitanos, com a ajuda dos ingleses,  a declararem guerra contra os espanhóis, resultando em vitória portuguesa.
A Europa vivia a era das Cruzadas, que objetivava a libertação dos lugares santos do domínio dos infiéis. O movimento dos cruzados colocou em contato Ocidente e Oriente e, mesmo que este fato tenha resultado em sangrentos confrontos, ceifando milhares de vidas, o intercâmbio entre culturas distintas influenciou o Ocidente europeu, especialmente na arquitetura.
Ao descrevermos os eventos que sucederam durante o período medieval, torna-se primordial caracterizarmos o espírito da sociedade da época. A religião é fator preponderante na  vida dos medievalistas ocidentais, tendo o cristianismo como condutor de ações e posturas. Qualquer afastamento das crenças nas doutrinas cristãs significava heresia e ameaça à religião dominante. De maneira inevitável, a heresia tinha que ser combatida para que Deus triunfasse.  Dentro da própria França, cruzadas internas buscavam combater aqueles que divergiam em alguns pontos do catolicismo tradicional. Inúmeros franceses foram cassados e queimados por divergirem das interpretações oferecidas pelo Novo Testamento.

Neste mesmo contexto, surgiam duas novas ordens religiosas destinadas a reprimir as heresias. Uma, fundada por um nobre espanhol – Domingos – os dominicanos – principais colaboradores da Santa Inquisição. A outra, fundada por São Francisco de Assis, os franciscanos, pregavam votos de castidade, pobreza e obediência. Os religiosos destas ordens foram também responsáveis pela construção de mosteiros e igrejas. Eles dialogavam com os arquitetos locais aonde as ordens se instalavam e as edificações eram moldadas no estilo da época.
Com efeito, o fanatismo religioso prejudicava o desenvolvimento das cidades. Na Espanha, cidades como Sevilha, Córdoba e Toledo foram saqueadas por fanáticos que destruíam tudo o que viam pela frente, nem mesmo construções robustas resistiam ao poder de devastação dos fundamentalistas.
A fome e as epidemias assolavam grande parte da população européia durante o período medieval. A demografia sofreu abalos notáveis, com cerca de um terço dos habitantes mortos em virtude da peste negra, que vitimou entre 25 a 75 milhões de pessoas no Ocidente, um terço da população européia, durante o século XIV.
A síntese acima elaborada tem como objetivo pontuar os eventos pelo qual o Ocidente perpassava no momento em que a arquitetura gótica era desenvolvida. Um período arraigado de guerras, mortes e catástrofes. Era preciso apelar aos céus para que a dor fosse amenizada, para que o dia do juízo final se postergasse, para que o julgamento de Deus não fosse tão cruel a ponto de punir os homens, pela sua falta de fé, com a morte e a destruição. O necessário apelo aos céus em busca de proteção e auxílio abria espaço para o desenvolvimento da arquitetura repleta de significado emocional e de espiritualidade simbólica, com arcos e nervuras apontando para os céus, como que imitasse o ajuntar das mãos em pedido de misericórdia a Deus numa prece. Podemos utilizar esta metáfora para caracterizar as nervuras dos arcos ogivais, que se tocam, bem no alto, em edificações aonde os fiés se sentiam diminutos perante o poder divino.  O período denominado por E.H.Gombrich como do da “Igreja Triunfante” queria apagar por completo as interferências pagãs ainda remanescentes da Antiguidade e fundar uma cristandade universal, cujos valores teriam que ser aceitos de forma incontestável. O homem perante a Deus era muito pequeno e assim ele deveria se sentir ao entrar em uma catedral gótica. A catedral é, segundo Georges Duby, a casa do bispo, e está ligada diretamente com o renascimento das cidades. Passamos agora para uma análise da sociedade medieval, sua estrutura e conseqüente mentalidade que, desde a queda do Império Romano, caminhou a passos lentos até a restauração das cidades, que mudaria os rumos dos medievos.



A ERA MEDIEVAL


Um olhar sobre o período medieval exige uma compreensão sobre as estruturas políticas e sociais no Ocidente Europeu. Como afirma Jacques Le Goff, “o ocidente nasceu das ruínas do mundo romano”. O rompimento do limes do Império Romano empobrecera o Ocidente e o barbarizou com as inúmeras pilhagens devastadoras dos povos que vinham do Oriente – inclusive os Godos – deixando um lastro de destruição sem precedentes. Das construções austeras do áureo período dos imperadores sobraram apenas os destroços. Os Deuses protetores dos romanos não foram capazes de salvá-los da selvageria dos estrangeiros e este fato constituiria o ambiente perfeito para a emersão de um novo Deus, um Deus único, capaz de trazer de volta a esperança e a paz. O Cristianismo encontraria o pendor para sua vocação como religião universal.

O novo regime que se instaurava baseava-se em funções específicas para cada instituição organizada a partir desta nova realidade. Na Roma antiga, o sistema econômico e a ordem social eram controlados pelo Estado. Com a deteriorização do sistema, uma nova forma de produção se estabeleceria. O recrudescimento da violência provocada pelos bárbaros dava ao senhor dono de terras, em troca de trabalhos em suas propriedades, a condição de protetor daqueles que trabalhavam para ele como servos. Assim, um proprietário de terras (o rei, ou um nobre) – neste caso um suserano –  poderia cedê-la, sob determinadas condições a um outro nobre (que receberia a condição de vassalo) para que este a explorasse com seus servos. Essa rede de concessões cobriu a Europa, suseranos tornando-se vassalos de outros, até o cume dessa pirâmide, o rei de uma região, de um país. Junto a todo rei, nesse vértice, sempre a figura central da Igreja, o papa; abaixo deles, duques, condes, viscondes, barões, cavaleiros, e o clero. Abrigando a camada mais inferior desta hierarquia, os que pagavam impostos: camponeses (livres e servos) e pequenos artesãos.
Os senhores feudais encontrariam dificuldades em manter o regime devido a esta complicada rede susserano-vassálica que se instaurara no Ocidente. Os poderes locais exercidos  pelos senhores proprietários de terra se desvaneciam perante o absolutismo real e o advento das cidades – através da ascensão gradual de uma nova classe de mercadores banqueiros que, enriquecidos pelo comércio, influenciavam cada vez mais nas decisões da sociedade e obtinham papéis de relevância nas assembléias que se formavam no século XIII.  
Na França, os reis se converteram ao cristianismo sem promover resistência. O fim da Guerra dos Cem Anos foi oportuno para a unificação nacional e o fortalecimento do poder dos monarcas. Com os campos férteis, a prosperidade rural ocidental refletia no crescimento das cidades. Os senhores levavam seus produtos para serem comercializados nas feiras da Champagne (local predileto dos mercadores das rotas mediterrânicas e da Hansa, na atual Alemanha). As cortes francesas atraíam um número cada vez maior de nobres atraídos pelo fausto da vida palaciana. Para sustentar esta condição, a nobreza lançava tributos cada vez maiores no Terceiro Estado e provocara  a insatisfação de burgueses e camponeses.

As nuances do absolutismo real na Europa foram distintas. Na Inglaterra o poder das Assembléias perante as decisões da corte diminuía a ação dos monarcas, submetendo-os a consultas ao Parlamento todas as vezes que necessitavam de novos tributos seja para a manutenção dos exércitos permanentes, seja para cobrir outras despesas da corte. No século XIII, a Câmara dos Comuns havia imposto ao rei João Sem Terra a assinatura da “Carta Magna” que garantiria os direitos dos cidadãos, direito ao comércio, ao livre trânsito para os comerciantes e mercadores, a proibição de prisões arbitrárias e sem culpa formada, impedimento de criação de novos tributos sem o consentimento dos lordes.

Na linha das criações medievais que influenciaram as mudanças na sociedade está, além do ressurgimento do comércio, o advento das Universidades. Tutelada pela Igreja, aos poucos as Universidades ganhavam autonomia, fornecendo aos alunos uma cultura geral básica. Os centros de saber faziam muito sucesso na Europa, principalmente a Universidade de Paris, na França, de Oxford, na Inglaterra e na Boêmia, a de Praga.
A Igreja exercia papel educador do povo pouco polido, analfabeto e sem qualquer instrução. Era preciso fazer com que, através desta educação, a população percebesse a existência de algo acima do alcance da população medieval. Os clérigos não hesitavam em utilizar a arte para atingir o seu objetivo – o de total sujeição às vontades divinas. As Igrejas de pedra deveriam oferecer aos fiés o júbilo da beleza dos céus. O historiador francês André Vauchez, nas palavras abaixo, consegue captar o caráter da arte medieval e o papel que desempenhava:

Assim, na época medieval não existe uma, mas antes duas espiritualidades da arte: uma aceita e até procura a mediação do sensível; a outra recusa a analogia entre a beleza do mundo e o esplendor  do além. Para  aqueles defensores da segunda, a ascensão até Deus passa pela humildade e pela renúncia  ao uso carnal dos sentidos. A função da arte limita-se então  a favorecer o regresso do homem a si mesmo, o que faz nascer para a vida interior. (VAUCHEZ, 1995).

O objetivo das Igrejas era evidenciar a magnitude de Cristo. A partir do século XIII, nota-se também o crescimento da temática da Virgem Maria nas representações religiosas. Esculturas, os vitrais e mosaicos contavam repetitivamente as passagens da bíblia para os fiés que sequer conseguiam entender o que era dito nas missas celebradas pelos abades. Unido a esses ornamentos, a verticalidade das colunas principalmente com capitéis de ordem coríntia ou dórica e as fabulosas ogivas no cume da construção propiciava ao fiel a percepção de sua fraqueza diante do Senhor.



OS ARQUITETOS GÓTICOS


Os construtores do período gótico não necessariamente estavam vinculados a alguma ordem religiosa ou aos mosteiros. Eram, acima de tudo, viajantes que colaboravam com seus conhecimentos da arte de construir, e , terminado o projeto, partiam para uma outra cidade a fim de participar de novos projetos de edificações. Os conhecimentos da arte de construir passavam de pai para filho, gerando famílias de construtores. Durante o período medieval não foi criado nenhuma corporação de arquitetos. A primeira data do século XVII, quando Luiz XIV, o Rei Sol, fundou em Paris a Academia de Arquitetura.
Os arquitetos góticos eram, na maioria das vezes, anônimos. Com as viagens, entravam em contato com profissionais de outras regiões e, através de movimentos de hospitalidade e assistência mútua, organizaram uma sociedade: a maçonaria. No final do séc. X, quando começou o período de construção de catedrais,  as Lojas  Maçônicas  foram formadas para garantir a organização necessária durante a  construção dos edifícios.   A Igreja,   o Rei ou o nobre que desejassem construir uma catedral, um castelo ou um palácio, empregavam um Mestre Maçom que estabelecia a sua   própria  organização, e   usualmente atuava       como arquiteto e chefe geral da obra. No final do século XIV, os maçons e suas organizações promovem uma uniformidade do estilo gótico. São praticamente idênticos os aspectos das Igrejas em toda a Europa Ocidental.
Além dos profissionais contratados, havia ainda aqueles que se ofereciam de forma voluntária como mão-de-obra não especializada, os operários voluntários, e aqueles que contribuíam com dinheiro. Quem doasse bens a Igreja poderia ter seus pecados perdoados.


AS ORIGENS DO ARCO OGIVAL


Diversos estudiosos já se debruçaram em estudos a fim de responder a seguinte pergunta: qual a origem (ou as origens) do arco ogival? A solução para este impasse permacesse um enigma para muitos pensadores. Contudo, algumas propostas foram elaboradas. Há teses que defendem que as ogivas seriam uma imitação da arquitetura muçulmana, propiciada principalmente após os contatos comerciais estabelecidos pelos ocidentais com o Oriente, a partir do século X. Outra vertente parte na defesa de que, a partir das abóbadas da arquitetura romana, surgiram os primeiros esboços de alongamento dos arcos e diminuição dos materiais nas construções. No que tange à estética, o arco ogival, com sua forma pontiaguda,que eleva aos céus, ambientou-se perfeitamente no aspecto geral e no significado da arquitetura gótica. As construções góticas dialogavam diretamente com o imaginário da época, arraigado pelo pensamento cristão.

A planta básica da catedral gótica pouco diferia das encontradas em catedrais de períodos anteriores. Sob a forma de uma cruz, a catedral se dividia essencialmente em: nave, transeptos,  e coro. Na parte inferior da cruz se situava a nave central circundada por naves laterais; na faixa horizontal existiam os transeptos e o cruzeiro, e na base da nave tinha-se a fachada principal; existiam ainda torres, porém de localização variada. No interior da catedral gótica, a nave principal continha abóbadas de comprimento igual ao dobro das naves laterais. Muitas das vezes, janelas eram colocadas no centro para propiciar a passagem da luz no interior da catedral. Conforme a região e a época, as nervuras evoluíam a uma complexidade cada vez maior, proporcionando a beleza estática idealizada por cada construtor, de acordo com os recursos disponíveis para a realização das edificações. Na Inglaterra, as abóbadas passaram a assumir uma forma bastante complexa, polinervuradas, em que os elementos de vedação e enchimentos têm área cada vez mais reduzida em face ao complicado traçado geométrico das nervuras.

Acredita-se que as nervuras era construídas sobre moldes e apoiadas em andaimes de madeira. Quando realizada a pega da argamassa, os painéis de enchimento eram colocados e, mesmo sendo mais finos e leves que os românicos, certamente fazia com que os operários suassem a camisa para colocá-los em seus devidos locais.
A pedra era minuciosamente cortada e trabalhada de forma a constituir os elementos do topo das janelas ogivais, assim como os elementos internos que abrigariam as gigantescas rosáceas circulares, tradicionais nas catedrais góticas. Usada para constituir o esqueleto dos telhados, a madeira foi também uma matéria prima primordial para a construção das edificações góticas. Eram peças que se prendiam facilmente umas as outras, por meio de encaixe, e se despendiam sem dificuldades após o secamento da argamassa.
O fechamento dos vãos era feito, basicamente, pelos vidros. A partir do século XII, a fabricação dos vidros foi aperfeiçoada e o material largamente utilizado nas catedrais góticas. É, de forma especial, nos vitrais que o vidro se sobressai. O vidro era soprado e trabalhado em forma de cilindro e, depois de resfriado, era cortada com a ajuda de um instrumento a base de ferro quente, em pequenos pedaços, geralmente menores que a própria palma da mão. Na fase inicial do gótico, os vidros eram incolores, presos nos meandros de chumbo que formavam as figuras. Tempos depois apareceu o colorido. No final do período as figuras assumem aspectos da pintura.

Os elementos decorativos da arquitetura gótica são expressivos. Sobressaem figuras esculpidas, principalmente nos portais das catedrais e nas faixas ao longo das paredes internas das construções. Neste período, a escultura entrosou-se intimamente com a arquitetura propiciando um requinte peculiar ao gótico. Os temas desenvolvidos estavam sempre relacionados à vida dos santos, ao Antigo e ao Novo Testamento e as principais figuras do catolicismo. Também, as representações fantásticas do demônio e as visões do inferno. Na catedral de Amiens, tais são as esculturas que outorgou a catedral o título de “Bíblia de pedra”.
Até mesmo as saídas das águas pluviais recebiam os requintes decorativos característicos do estilo gótico. São saídas de água esculpidas com a forma de animais que despejam água pela boca- verdadeira gárgulas. Por detrás, as calhas inclinadas fazem com que a água transcorra o percurso até o canal aonde são esculpidos as gárgulas, fazendo eles expelirem a água.



PRINCIPAIS CATEDRAIS GÓTICAS


A CATEDRAL DE NOTRE DAME

Sua grandiosidade a outorga o título de uma das mais antigas e significativas catedrais góticas de todos os tempos. Sua construção teve início em 1163 e é dedicada `a Virgem Maria, mãe de Cristo. Localiza-se na Praça Parvis, na pequena Ile de la Citê, em Paris, as margens do Rio Sena. A Catedral de  Notre Dame surge em resposta às necessidades  e aspirações de uma nova sociedade que visualizava na catedral o local de contato com o transcendental.  

O projeto de construção da catedral de Notre Dame, foi compartilhado financeiramente por todas as classes interessadas na representação de seu poder. Por conta disso, a obra seguiu de forma ágil, tendo em conta a sua grandeza.



Catedral de Notre Dame de Paris



A CATEDRAL DE CHARTRES


Uma das mais importantes catedrais góticas francesas, ao lado da Notre Dame de Paris, a catedral de Chartres, representa um dos magníficos exemplos da arquitetura gótica. Sua construção data de 1163 e término em 1330. Foi construída sobre a cripta de um primitivo templo românico em ruínas. Antes de terminada foi destruída por um incêndio. As obras de recuperação foram retomadas e, após o término, a catedral foi consagrada com toda a sua beleza, recebendo a visita de fiés de toda a Europa. Chartres tem sido um ponto intenso de peregrinação. Diz-se que foi construída segundo regras matemáticas e filosóficas nunca registradas.
Os vitrais dessa catedral cobrem 130 janelas, bem como a profusão de estátuas nas três portas principais. São os vitrais mais famosos do mundo.





Catedral de Chartres, na França.




ABADIA DE SAINT-DENIS


Sendo a Igreja onde eram enterrados os reis franceses, a Abadia de Saint Denis teve sua terceira reconstrução iniciada em 1137, quando o abade Suger, o principal  idealizador do estilo gótico decidiu renovar os edifícios da abadia. Mantendo a cripta no estilo românico, a reconstrução da fachada ocidental foi completada em 1140 e, finalmente, o coro em 1144, marcando o início de mais que um estilo, o espírito gótico.





Abadia de Saint-Dennis, França.



CATEDRAL DE BEAUVAIS


Destruída pelo fogo em 1180 e 1225, a Catedral, antes no estilo românico, teve sua reconstrução iniciada em 1225. O primeiro mestre construtor trabalhou na catedral por 20 anos e nesse período, além de construir sólidas fundações para a catedral e erguer as paredes do deambulatório até o nível das naves internas,  utilizou seu grande conhecimento de engenharia e de arte projetando a catedral com uma maior luminosidade devido ao incremento de distância entre pilares (chegando a 8.22 m longitudinalmente) e elevando a altura de suas abóbadas a 48 m, permitindo assim maior entrada de luminosidade na nave através de seus clerestórios iluminados.

Depois do trabalho de 5 anos do segundo mestre construtor (também desconhecido), a construção foi assumida por um terceiro mestre, o qual terminou a construção do coro e do deambulatório em 1272.




Catedral de Beauvais, França.



CONCLUSÃO


Finalizar este trabalho é, para nós, o início de uma nova etapa. A tarefa em conjunto de análise das condições que desembocaram na arquitetura gótica proporcionou experiência e conhecimentos para admirarmos e captarmos particularidades que o artista quer mostrar. Dialogar com a arte através dos tempos é entender as transformações que ocorreram nas sociedades, no mundo.
No caso da arquitetura gótica, observamos a estreita relação entre a religiosidade e criação. Mesmo nas mentes daqueles que construíam, o pensamento assemelhava-se  ao fiel que freqüentava as Igrejas, buscando o perdão pelos seus pecados e pedindo misericórdia a Deus, para que Ele não punisse os homens e adiasse o dia do juízo final. De uma forma geral, todos buscavam a salvação.
A precariedade de tecnologia não é fator preponderante que impeça os homens de construir. Tanto que os arquitetos medievais lograram belíssimos feitos que até hoje desafiam as leis da física. De onde teriam vindo às idéias de que um arco de espessura mais fina conseguiria sustentar tamanha grandiosidade? Inspiração divina? Ou racionalidade? Seja qual for a resposta, nos importa aqui afirmar que as catedrais góticas seguem nos encantando.
A Nova História tem reparado o erro crucial de chamar a época medieval de “Idade das Trevas”, como se o afastamento das leis clássicas de conceber arte escurecesse as mentes e deixassem os medievos incapazes de criar. É do período medieval que datam grandes adventos, inclusive este que hoje recorremos para a aquisição e aprimoramento dos conhecimentos – A Universidade.

Nervuras, arcos, rosáceas, vitrais, pórticos, aonde quer que estejam, estaremos atentos para a presença destes elmentos e a imediata identificação de suas origens. A importância do estudo da História da Arte é reafirmada quando percebemos que são necessários estes conhecimentos para que possamos estabelecer comunicação entre as transformações e permanências - principalmente - que o presente nos oferece.



ILUSTRAÇÕES


Construção das abóbadas
Salvadori, Mario. Why Buildings Stand Up<. WW Norton & Company, New York, 1990. Fundação da Catedral
Macaulay, David. Construção de uma Catedral. Martins Fontes, São Paulo, 1988.Construção dos arcobotantes
Macaulay, David.Construção de uma Catedral. Martins Fontes, São Paulo, 1988.Construção da abóbada
Macaulay, David.Construção de uma Catedral. Martins Fontes, São Paulo, 1988.Exemplos de vitrais
Koch, Wilfried.Dicionário dos Estilos Arquitetônicos. Martins Fontes, São Paulo, 1994.



BIBLIOGRAFIA:


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Acesso em 02/05/2008.
http://www.lmc.ep.usp.br/people/hlinde/Estruturas/catedral%20de%20beauvais.htm
Acesso em 02/05/2008.

Autores:
Patricia Teixeira
Eduardo Teixeira
Priscila Araújo
Fernada Correa
Zélia Duncan



SONSOLES GUERRA, Maria. Os Povos Bárbaros.São Paulo: Editora Ática, 1987.
Verbete sobre Arquitetura do Dicionário Digital Aulete (www.auletedigital.com.br). Acesso em 05/05/2008.
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RADIESTESIA




Pêndulo Egípicio




radiestesiaradiestesia

 

Pêndulo de Cristal e Ametista


A ARTE DE CAPTAR RADIAÇÕES ATRAVÉS DO PÊNDULO


Paulo César Vianna



O uso da Radiestesia é milenar. E sua prática está ligada a dois elementos principais: o operador e o pêndulo.
A princípio podemos afirmar que qualquer pessoa é capaz de usar o pêndulo. Desta forma o pêndulo pode ser utilizado para traduzir as informações do inconsciente que chegam ao consciente. Vibrações sutis podem transferir-se entre humanos e todas as coisas possuem uma espécie de “memória de forma” associada ao tempo cronológico, acontecimentos, meio ambiente e pessoas que as manuseiam. O Cristal, jade, lápis-lazúli e certos tipos de pêndulos orgânicos parecem ser mais sensíveis as influências vibratórias intrusas. Além do pêndulo comum, existem muitos outros tipos de pêndulo para a verificação da saúde de uma residência. Temos o Pêndulo de Cone Virtual para identificação das energias, o de polaridade, que verifica as polaridades das energias encontradas entre outros. O Pêndulo funciona como “sintonizador”, o corpo do radiestesista como antena e a mente como fonte de energia. “Todos nós somos seres elétricos, pois os corpos são condensadores, indutores, acumuladores e funcionam como antenas”. Você já notou que, quando nos aproximamos ou tocamos numa antena de radio, o nosso corpo afeta o volume e a recepção em geral?
Uma noção mais clara do que a radiestesia representa, se dá a medida que avançamos nossa exploração, mas desde já, habituemo-nos com importância das ondas de forma na nossa vida cotidiana. Estas podem ser emitidas por corpos sólidos de formas geométricas cuja densidade é diferente daquela do meio ambiente. Lembrem-se que a nossas casas também são um sólido geométrico. Invisíveis, essas formas nos cercam, investem sobre nós penetrando nas menores fibras do nosso corpo. Tudo que tem forma libera energia, o subsolo, os edifícios, as casas, os móveis de nossa casa, os objetos que usamos no nosso corpo, os aparelhos elétricos e etc.
Tudo emite ondas de forma, das quais dependem parcialmente nossa saúde, nosso comportamento em relação a vida, e ao nosso bem estar geral. Algumas são benéficas e outras são nefastas. Freqüentemente, nós que nos dedicamos aos estudos géobiologicos, vemo-nos diante de situações complexas, em que a interação das perturbações presentes em uma casa ou terreno, tornando dificil um diagnóstico exato que reflita fielmente a realidade energética. Entre as razões que podemos identificar como causas de desajuste do local, em primeiro lugar, são as tormentas e malhas magnéticas que são verificadas com o pêndulo e com o Lobo-Antena para linhas Hartmann, fenômeno acusado nas medições que entra em jogo a sensibilidade do operador. Com a ajuda do pêndulo, verificamos os lugares que se mostram mais agressivos e insalubres ou alterados pela água subterrânea. Outro fator de alteração de dados nas medições, está relacionado com a contaminação elétrica e magnética na casa ou terreno, que tentaremos eliminar o máximo quando isto for possível com o estudo de Domótica ( alta tensão, instalações eletricas da casa, eletromésticos e etc. ), ao qual todo o fator de potência deverá ser verificado e medido através dos Biometros. O estado de ânimo ou a tensão observada em algumas pessoas presentes durante as medições, também podem exercer um fator de desequilíbrio nestas medições, em que existe a sensibilidade individual.
Porém, sobretudo será importante a responsabilidade pessoal do operador, assim como o seu nível de profissionalismo. Aqui também será importante a própria responsabilidade do usuário da casa, o qual deverá comprometer-se a experimentar por si mesmo cada um dos lugares estudados, seja realizando testes de comprovação ou dormindo um período de tempo (entre 20 dias e dois meses) em cada lugar aconselhado pelo geobiologista, afim de verificar pessoalmente a benignidade ou malignidade de cada localização estudada.
Os Tibetanos procedem isto como rotina, ou seja, quando se instalam em uma casa nova, vão experimentando dormir um espaço de tempo em lugares e orientações diferentes no quarto escolhido, até que comprovem ser a posição favorável e reparadora.
Ocupam o mesmo lugar enquanto não notam nenhuma moléstia; se a acusam, reiniciam a busca.
Eu como arquiteto, estimulo os meus clientes a não serem prisioneiros de uma estética convencional, pois assim torna-se mais fácil este tipo de comprovação, aos quais estes depois normalmente se surpreendem com os resultados! Uma aluna muito querida de nosso curso de radiestesia, descobrindo estar doente, constatou por si própria e com a ajuda de outros alunos, a confluência de linhas energéticas que estavam sobre a sua cama...e ela me dizia: Mas vou ter que mudar a cama de lugar? Mas meu quarto é tão bonitinho...!!! Felizmente mudou...... Lembrem-se, quando não puderem dormir direito durante a noite, durante algum espaço de tempo seguido, não culpem o café, o excesso de trabaho e o estresse: Mudem de cama ou a cama de lugar!





GEOPATIA E AS ENERGIAS DA TERRA





Paulo César Vianna



Durante os últimos anos, o conceito de linhas geodésicas e alinhamentos sagrados, como o de muitas igrejas da antiguidade, tornaram-se de conhecimento global. Do ponto de vista esotérico, nossa terra é considerada como uma entidade viva, e suas energias tem efeitos tanto benéficos quanto destrutivos.
Os Radiestesistas, em geral, já estão cientes há bastante tempo, que certas regiões emitem padrões de energia prejudiciais a saúde, ao qual, existem registros e estatísticas da medicina ortodoxa que nos mostram que existe uma correlação entre certas áreas geográficas e geológicas, e a incidência de doenças específicas.
Desde a antiguidade, temos conhecimento destas energias da terra, que podem se elevar dos rios subterrâneos e das falhas geológicas, dos túneis, das minas e das linhas geodésicas.
Os Radiestesistas franceses “batizaram” esta energia maléfica de Verde Negativo
(V-). Esta faixa de radiação se localiza no espectro das rádio-cores, entre as rádio-cores branco e o preto. Este feixe de energia é tão forte, que pode matar bactérias e até mumificar carne!
Chaumery e Belizal, descrevem a faixa do Verde Negativo (V-) como uma onda nociva. Eles subdividiram essa faixa em ondas Alfa, que emanam de cavidades do subsolo e de fendas geológicas; ondas Beta, de correntes de água contaminada, as vezes chamadas de “correntes negras” de água subterrânea; ondas Theta, Nu e Zeta, que derivam da radioatividade comum, ou das radiações nocivas emitidas pelos aparelhos de televisão, ou também as produzidas pela própria fiação elétrica da casa, que podem afetar adversamente algumas pessoas e que são detectadas pelo Pêndulo de Cone Virtual. Enel, famoso Radiestesista que trabalhou segundo a linha estabelecida por Chaumery e Belizal, desenvolveu intensas pesquisas sobre a energia do Verde Negativo e especializou-se em seu uso e tratamento de pacientes com câncer.
Enel, no final, contraiu a doença e, na sua própria opinião, não havia dúvidas  de que ele mesmo a provocara ao passar e manipular esta energia através de seu corpo quando usava diversas técnicas “oscilantes” para tratar seus pacientes.
Esta poderosa energia foi encontrada dentro da Grande Pirâmide no Vale dos Reis no Egito por Antoine Bovis, que descobriu que os animais mortos encontrados dentro da Câmara do Rei, não haviam se decomposto, mas se desidratado e mumificado, devido aos cinco ângulos da Pirâmide, sua forma, e os materiais empregados em sua construção, gerando inclusive um efeito piezelétrico devido aos cristais de quartzo, mica e feldspato nos materiais empregados, isoladas na parte externa pelos blocos de calcário, que não possuem propriedades elétricas.. Os Egípcios sabiam o que faziam.
Na França, inúmeras pesquisas conduziram a descoberta de “casas de câncer”, que receberam essa designação quando se descobriu que literalmente, toda família aparentemente saudável que mudavam para estas “casas” e ali residiam por um certo tempo, inevitavelmente alguns membros desta família adquiriam o câncer.
Análises radiestésicas, indicaram fortes fontes de radiação do Verde Negativo nessas casas, que traziam a doença e a morte em seu rastro.
John Damonte, um praticante de radiônica e grande autoridade em radiestesia, colocava grande empenho em determinar a presença ou ausência de energia Verde Negativo em seu diagnóstico, e por coincidência, ele foi outro praticante que caiu vítima das energias manipuladas neste campo e morreu prematuramente.
Há uma serie de técnicas que são utilizadas para “limpar” ou refrear estas energias oriundas da terra. Uma delas, é detectar a linha de energia que corre sob a casa, interceptar e expelir a energia antes que ela possa atingir a casa, introduzindo hastes metálicas fora dos limites da casa, fazendo um tratamento de “acupuntura da terra” drenando esta energia a montante do local de onde queremos curar.
A acupuntura terrestre se parece muito com o processo de equilíbrio de meridianos utilizado por médicos quiropráticos e acupuntores especializados para mitigar vários sintomas de seus pacientes.
Numa análise que fizemos já há algum tempo atrás em uma residência, dona Helena apresentava um conjunto de desequilíbrios orgânicos, além de problemas nos chakras e conseqüentemente em seus corpos sutis,  e logo foi detectada uma tensão geopática em seu quarto, embaixo de sua cama, onde passava inclusive um tubo de esgoto subterrâneo de grande seção transversal. Como este tubo não podia ser removido,  a solução foi fazer uma grande bobina de cobre no próprio tubo de esgoto, envolvendo todo o comprimento do quarto até a área externa, conduzindo esta energia para fora do quarto através desta bobina. Dona Helena nos confirmou que nunca tinha se sentido realmente bem desde que mudara para esta casa.
Obviamente, há pontos magnéticos neste planeta que são fontes de admiráveis poderes curativos, mas temos que nos onscientizar dos aspectos tanto positivos quanto negativos das radiações emitidas pelo corpo vivo do nosso planeta Terra.



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